quinta-feira, 28 de maio de 2009

A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares.
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro.
A mão da infausta esfinge, tu perene.
Sombra errarás, absurda.
Buscando o que não deste.

(Ainda em clima de Portugal, poesia de Fernando Pessoa)

Nenhum comentário: